O engenheiro de som Mark Johnson andava numa estação de metrô nova-iorquina, a caminho do trabalho, quando viu - e ouviu - a cena. Eram dois monges vestindo túnicas brancas, um deles tocando violão com cordas de nylon, e o outro cantando. Quando olhou em volta, viu cerca de 200 pessoas atentas, algumas chorando, outras rindo. Agora, dez anos depois, Johnson lança o CD/DVD "Playing for Change: Songs around the world" (Universal) - o projeto, que une músicos de rua de diversos lugares do mundo, é fruto de uma ideia que nasceu naquela estação, perante aqueles monges.
- Vi ali a incrível habilidade que a música tem de aproximar as pessoas - conta o produtor. - Poucos entendiam as letras ou mesmo a língua, mas todos sentiam o poder da música. Então percebi que uma boa parte da melhor música que eu ouvia se encontrava na rua, no caminho do estúdio onde eu trabalhava. Decidi montar um estúdio de gravação móvel e procurar pelos momentos de música e inspiração onde eles estivessem.
Munido de seu aparato, Johnson desde então roda o mundo gravando artistas de rua - negros e brancos, árabes e muçulmanos, violoncelistas europeus e percussionistas indígenas - em seus habitats, interpretando hinos pop de paz, tolerância, amor e apelos por um mundo melhor. Os registros renderam um documentário em 2003, "Playing for Change", que mostrava músicos de três cidades americanas em ação. Mas, como no dia dos monges, ele andava distraído quando ouviu algo que mostrou para ele que o projeto poderia ser maior:
- Estava em Santa Monica, Califórnia, quando ouvi Roger Ridley cantando "Stand by me" a um quarteirão de distância. Corri para assistir ao fim de sua apresentação e nunca mais fui o mesmo. Sua voz, alma e paixão nos levaram a buscar pelo mundo outros músicos para adicionar à sua gravação de "Stand by me" - lembra. - Essa canção transformou o projeto Playing for Change de um grupo pequeno de indivíduos num movimento global de paz e compreensão. A faixa traz 35 músicos de todo o mundo. Eles podem não ter se encontrado nunca, mas conversaram pela música.
"Stand by me" abre o CD/DVD, e Ridley e seu violão são os primeiros a serem ouvidos. Mas a gravação ainda inclui, entre outros, a voz e a gaita do americano Grandpa Elliott, as congas do espanhol Django "Bambolino" Degen, o violoncelo do russo Dimitri Dolgonov, o coral sul-africano Sinamuva e o cavaquinho do brasileiro - o único do projeto em meio aos mais de cem músicos participantes - Cesar Pope.
Fonte das Noticias " O Globo "
E o SOAD veio ao Brasil.
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Felizmente e finalmente o System of a Down veio ao Brasil e mostrou que
continua sendo uma das maiores bandas da atualidade mesmo após um longo
hiato em qu...
Há 13 anos